Esse canto, primeiro de 2010, eu dedico ao um amigo que carrega seu core apaixonado pela Europa. Alan Prestes, ou Macaco Volátil, essa é pra ti.
Mulheres como ela não podem ficar sem flores; são mulheres que te tiram a dor, o sono, a fome. Mulheres como ela merecem adornos, são mulheres de ardores, sem medo ou rancores. E, quando vistas de longe provocam amores; ao chegarem perto, te tomam em total controle. São belezas que se vão e não voltam, ainda que fiquem. São paixões para um verão, um inverno, ou uma noite. São canções nos roseirais, ou mais, bem mais – merecem rosas, petúnias e violetas, oh! vitória regia; são margaridas; ou mais, bem mais – merecem o amor de quem não se rende jamais, nem mesmo diante a fome, ou mais, bem mais. São mulheres de arrojo, são sertões, mas não desertos. São terras de guerra e de paz. Mulheres como ela carregam o mar, são mulheres de fino trato, são segredos de cetim, uvas vindas de Rieti, região do Lácio, ou mais, são mulheres como ela, criaturas que Deus faz... E sem ela meu jardim se esvai, porque ela, assim como as mulheres como ela, merece mais; ou mais, bem mais. Vejam, meus lírios, minhas flores são para ela, são por ela devoção em amor, ou em paixão; ou mais, bem mais.