sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Canto das Ribeirinhas da Cataluña

Esse canto, primeiro de 2010, eu dedico ao um amigo que carrega seu core apaixonado pela Europa. Alan Prestes, ou Macaco Volátil, essa é pra ti.



Mulheres como ela não podem ficar sem flores; são mulheres que te tiram a dor, o sono, a fome. Mulheres como ela merecem adornos, são mulheres de ardores, sem medo ou rancores. E, quando vistas de longe provocam amores; ao chegarem perto, te tomam em total controle. São belezas que se vão e não voltam, ainda que fiquem. São paixões para um verão, um inverno, ou uma noite. São canções nos roseirais, ou mais, bem mais – merecem rosas, petúnias e violetas, oh! vitória regia; são margaridas; ou mais, bem mais – merecem o amor de quem não se rende jamais, nem mesmo diante a fome, ou mais, bem mais. São mulheres de arrojo, são sertões, mas não desertos. São terras de guerra e de paz. Mulheres como ela carregam o mar, são mulheres de fino trato, são segredos de cetim, uvas vindas de Rieti, região do Lácio, ou mais, são mulheres como ela, criaturas que Deus faz... E sem ela meu jardim se esvai, porque ela, assim como as mulheres como ela, merece mais; ou mais, bem mais. Vejam, meus lírios, minhas flores são para ela, são por ela devoção em amor, ou em paixão; ou mais, bem mais.