quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A escolha dela


O vale das sombras e das almas estão sendo destruídos
as casas estão frias
e a escuridão permanece viva apenas num pequeno canto da cidade
as garrafas estão todas vazias,
nossos olhos fechados
eles quase podem sentir dor
a pele seca e branca provoca desejo em quem anda pela rua
o silêncio dos lábios gelados
parece seduzir
então o prazer explode como se fosse uma overdose
o vale das almas me recebe
e o vale das sombras me espera

sábado, 17 de janeiro de 2009

Violenta


A vigília se renova por mais 24 horas
Amanhã repetiremos a mesmas ações

Plumas coloridas ao ar
Pedras jogadas ao mar

        E Um Erro
A pluma posta sobre a pedra
não há de incomodar
Mas a pedra imposta à pluma
encerra o seu planar

E assim será
enquanto tentamos nos acostumar

Suitivo


Bala de prata e água ardente
quando tem fome
ela mata e mente
se esta escuro...
olhos de serpente
quem é que disse que eu vou embora?
quem é que disse que eu fico aqui?
se esta dificil até para dormir
se esta dificil até para dormir...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Desequilibrio

Nasce sem saber nada. Então, chega um ponto em que aprende a errar, o erro o seduz mais do que o acerto.Nessa hora, se senta como uma criança no meio fio sem rua e nem calçada.De um lado o infinito vazio, e do outro nada que negue o lado lá. Agora já não sabe o que aprendeu. Tem a vertigem da insegurança de quem deita, e nada que o mostre o contrário ao levantar. Ao fim, ainda no meio fio, não sabe coisa alguma, depois cai para o lado que o desequilíbrio adivinhar.

Mãe

Mãe,
elas estão no jardim
tocando pedras para o alto
e esperando que caiam como algodões

Mãe
não sei ao certo
ou elas se libertaram
ou nos que estamos trancados
em suas salas coloridas

Então
não sei ao certo
mas elas estão como o coração na mão
mastigado ou enfiado no estômago

Então
não somos cegos
trocamos tudo que é incerto

Entre o pó, o amor e a morte


Ontem, meu amor me contou que me quer morto
contou baixinho em meu ouvido que estou no caminho errado
disse que preciso mudar
parar de gritar

Então, todo homem tem tempo para morrer,
mas nem sempre tempo para matar
Um demônio me engole antes mesmo da derradeira partida
E o fogo que queima não é o do inferno, mas sim o da paixão

Sinto que posso morrer
Quero a dor da queimada
mas espero a poeira espalhar-se
alucinando-me e acalmando-me

Meu amor me contou baixinho que estou errado
Disse que já não há mais paixão
com a poeira se que espalha
e carrega um veneno
que queima

Meu amor me contou que não posso mais ouvir
meu amor falando baixo que me quer morto,
que estou errado, ferido e frio, frio, frio...