terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Entre o pó, o amor e a morte


Ontem, meu amor me contou que me quer morto
contou baixinho em meu ouvido que estou no caminho errado
disse que preciso mudar
parar de gritar

Então, todo homem tem tempo para morrer,
mas nem sempre tempo para matar
Um demônio me engole antes mesmo da derradeira partida
E o fogo que queima não é o do inferno, mas sim o da paixão

Sinto que posso morrer
Quero a dor da queimada
mas espero a poeira espalhar-se
alucinando-me e acalmando-me

Meu amor me contou baixinho que estou errado
Disse que já não há mais paixão
com a poeira se que espalha
e carrega um veneno
que queima

Meu amor me contou que não posso mais ouvir
meu amor falando baixo que me quer morto,
que estou errado, ferido e frio, frio, frio...

Nenhum comentário: