sábado, 17 de abril de 2010

Oferenda cantada às ovas

São oferendas para iemanja, teus olhos, alimento de bagres. Sem eles, amanhã, terás sorte nas correntes que prendem o céu e a terra, por elas serás tocado e, tenha atenção, cupido sem olhos, cairás em desatino no caminho de casa, mas não, não volte, ame-a como um anjo subindo ao corte de asas que depois virá para tocar fogo de cordel, no inferno caindo não serás o mesmo no que decido, pois fostes fustigado de um céu; moça ou donzela me serás fiel, terás meu véu jogado aos teus e cairá em mim, decida um pouco mais que um estranho amor... Sem rigor ganharás flores, por elas terem raízes não representarão o que em nosso peito bate à brasa; consumaremos nosso ferrenho tesão nas veias do chão como raízes que não dormem.

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